O que você espera do Urbanova nos próximos anos?

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Fizemos essa pergunta em nossas redes sociais e, em um formulário, nossos leitores pontuaram as áreas que merecem atenção do poder público.

627 pessoas participaram da votação. Veja abaixo as prioridades e quantidade de votos de cada uma.

A população estimada do Urbanova é de 15 mil habitantes e há um grande fluxo de pessoas que trabalham ou circulam pelo bairro em função dos hospitais, escolas, clubes, comércios e universidade. Em meio a grandes obras viárias em São José para a fluidez de veículos na cidade, o Urbanova permanece distante de uma solução para a mobilidade.

Hoje o bairro é formado por 40 loteamentos fechados e prédios, 6 novos empreendimentos residenciais aprovados e mais de 200 comércios.

Novamente, uma alternativa de acesso ao Urbanova liderou nossa pesquisa de prioridades. O pedido é antigo e a necessidade de mais um acesso foi levantada a mais de 20 anos, no chamado Consórcio Urbanova, que determinou que a responsabilidade dessa obra deveria ser custeada pelos empreendimentos em parceria com a Prefeitura. Na época a obra tinha custo estimado em 14 milhões e foi feita, então, a divisão dos custos de acordo com a área de cada loteamento.

Os anos se passaram e o fundo arrecadado até o momento é de pouco mais de 20 milhões. O projeto de 14 milhões ficou ultrapassado e, atualmente, tem custo estimado de 50 milhões.

Trata-se da Via Noroeste, que fará a conexão da região do Esplanada até a parte mais alta do Urbanova, chegando próximo do Condomínio Mont Serrat. Outro projeto, com porte maior, prevê a construção de uma nova travessia sobre o Rio Paraíba, chegando ao condomínio Alphaville.

Em entrevista à Revista Urbanova, o Secretário de Mobilidade Urbana Paulo Guimarães explicou que a responsabilidade da Prefeitura está relacionada ao desenvolvimento do projeto, regulamentação e desapropriação e a expectativa é que os novos empreendimentos contribuam financeiramente com a construção do novo acesso, ou seja, o projeto não tem data para sair do papel.

A ligação da Zona Norte ao Urbanova, por meio da Via Jaguary era considerada pela Prefeitura e não dependeria dos recursos do Consórcio Urbanova, porém, em uma consulta popular feita em uma reunião “Olho no Olho” promovida pelo prefeito Felício Ramuth no Urbanova com a presença de cerca de 300 pessoas foi identificado que a Via Jaguary não seria a solução de acesso ao bairro, segundo os moradores e alguns representantes dos loteamentos fechados que estavam no local, com isso, o plano de estender a Via Jaguary ao bairro foi suspenso.

Sandra Costa, doutora em engenharia de transportes pela Poli-USP e moradora do Urbanova, comenta que o bairro “foi pensado (e não planejado) para ser uma nova cidade. Apenas não pensaram que como um novo bairro, iria crescer. Isso associado ao modelo de mobilidade da sociedade brasileira, em geral, que privilegia o transporte individual, em dúvida, criamos um enorme problema ao poder público. A solução não é trivial, pois exige muitos investimentos, considerando que quase 100% dos domicílios desse bairro possuem um carro e mais do que 50% possuem mais de um”.

Ela acrescenta ainda, que todas as possíveis alternativas mostram também, os desafios, como desapropriações de terras e o custo dos investimentos para as obras.“As soluções não são simples e qualquer uma exigiria uma compreensão por parte da população e sacrifícios do poder público e dos moradores. Sabemos que o Poder Público precisa administrar São José, que é uma grande cidade e tentar amenizar vários problemas. E também precisa de recursos para atender a todos os setores. Mas acredito também que a população do bairro precisa conversar mais com o poder público, para, juntos, encontrarem um caminho”.

A atual Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LC 623/19), mantêm o zoneamento residencial (ZR), voltado para o uso residencial unifamiliar horizontal, para os loteamentos existentes, admitindo o comércio e serviço de apoio somente nas avenidas. E define para as áreas de expansão da Urbanova, que os novos loteamentos deverão prever maior diversidade de usos, de forma a propiciar uma nova centralidade, para melhor atender a população residente com comércios e serviços, contribuindo assim para um menor deslocamento da população para outras regiões da cidade.

Asfalto

Outra reclamação recorrente é sobre a condição do asfalto nas principais avenidas do bairro, especialmente na Avenida Shishima Hifumi. “A via está na programação de recapeamento do programa Asfalto Novo, no entanto, não foi iniciada em atendimento ao Tribunal de Contas, que, por conta da pandemia do Covid-19, recomendou às prefeituras a suspenderem o início de novas obras”, informou o Secretario de Mobilidade Urbana, Paulo Guimarães.

Também há muitas queixas sobre o trabalho das concessionárias Comgas e Sabesp, que fizeram recortes no asfalto para instalação de tubulações. As ruas acabam ficando com acabamento insatisfatório. A fiscalização do trabalho das concessionárias é de responsabilidade da Secretaria de Manutenção da Cidade. A intenção da Prefeitura é chegar a um acordo com as empresas para que elas contribuam com recursos financeiros e unam esforços para que seja feito um trabalho de qualidade de recapeamento.

Lombadas

Em nossa pesquisa, deixamos disponível um campo para observações e perguntas e a utilização de lombadas foi solicitada por diversas pessoas. “As lombadas devem seguir a resolução 600/2016 do Contran para a implantação, como, por exemplo, em vias com ausência de curva ou interferência que comprometa a visibilidade do dispositivo; e ausência de guia de calçada (meio-fio) rebaixada, destinada à entrada ou saída de veículos. Além disso, atualmente, há outros dispositivos como alternativa para melhorar a harmonia entre os usuários  das vias públicas”, informou a Secretaria de Mobilidade Urbana.

Perturbação de sossego

Os “fluxos” parecem ter se intensificado nessa fase de quarentena que estamos vivendo. Em diversos pontos do bairro acontecem grandes aglomerações, com som em altíssimo volume, consumo de álcool, drogas, que resultam em noites mal dormidas, revolta dos moradores, que chegam a fazer mutirões pós fluxo para recolher o lixo deixado pelos frequentadores do local.

A Prefeitura tem realizado ações da Operação Sossego, integrada pelas secretarias de Saúde; Proteção ao Cidadão; e Esporte e Qualidade de Vida por meio do trabalho de guardas civis municipais e equipes do Departamento de Fiscalização e Posturas, da Vigilância Sanitária e da Assessoria de Programas para a Juventude e Idoso. A Polícia Militar também realizou operações e blitzes no mês de julho para coibir as aglomerações.

O Secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Guimarães informou que as câmeras estão sendo utilizadas para criação de um banco de dados dos veículos que costumam frequentar os fluxos. Esses dados auxiliam na investigação e realizações de ações preventivas.

Assista a entrevista completa com o Secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Guimarães no instagram da Revista Urbanova (IGTV)

 

 

 

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