Por dentro das histórias da decoração

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Arquitetura-Urbanova

Por Arq. Marcelo Guedes

Nesta edição vamos falar sobre a diferença entre “vintage” e “retrô” na decoração.

A palavra vintage significa em inglês: vint – safra de uva e age –  idade, ou seja, remete aos vinhos que, quanto mais tempo passa, melhores ficam (e o mesmo acontece com os móveis, quanto mais antigos, mais valiosos se tornam).

Já a palavra retrô significa “para trás” e, na decoração utiliza objetos e elementos atuais, fazendo uma releitura de estilos do passado, uma referência.

Os móveis ou objetos vintage na decoração são aqueles que encontramos em lojas de garimpo ou em antiquários que são peças originais em bom estado de conservação e normalmente com valor agregado, das décadas de 20 a 60.

Já o retrô na decoração remete aos móveis e objetos da década de 70 e 80 e podem ser uma releitura dessa época ou até mesmo peças originais, se estiverem em bom estado de conservação, mesmo que transformados.

As peças retrô, inspiradas nos objetos das décadas de 70 e 80, geralmente são mais caras que as peças mais modernas, mas são ainda mais em conta do que as peças vintage. Alguns dizem que a diferença entre os dois estilos se encontra basicamente no fato de que o retrô imita o vintage, sendo bem direto.

Mas como identificar uma peça da outra? Pense que o retrô é algo novo, seja uma releitura ou uma recriação de algo antigo e que o vintage é uma peça usada, mas original de época, tem qualidade, valor agregado fica bem melhor entender assim.

As peças retrô mais utilizadas são eletrodomésticos coloridos, como geladeiras, batedeiras e liquidificadores, além de telefones antigos, papéis de parede com estampas de décadas passadas, quadros com temas antigos, móveis baixos e sofás largos, revestimentos como ladrilho hidráulico entre outros, assim como estampas de flores e também estampas psicodélicas que são diferentes e cheias de personalidade. Como referência da paleta de cores tipicamente retrô, temos as tonalidades sólidas e fortes, como o laranja, verde, vermelho, amarelo, azul, cor de rosa e lilás. A combinação de cores, como o preto, branco e vermelho também é comum num ambiente retrô. Para um efeito mais leve usamos cores mais neutras, como branco, bege, creme, cru e castanho-claro. Essa decoração chama muito a atenção dos mais jovens, principalmente aqueles que vivenciaram os anos 80, criando uma identidade com as pessoas.

Já na decoração vintage é bom misturar com peças contemporâneas, pois vai trazer mais harmonia ao ambiente sem deixar o ambiente temático. Saber integrar o estilo mais clássico com outros mais modernos ajuda a deixar o ambiente mais leve, criando uma atmosfera mais sofisticada. Peças vintage podem ser móveis, luminárias, porcelanas e cerâmicas, espelhos com molduras e eletrodomésticos.  Essas peças combinam com peças artesanais, como patchwork e tricô e dão um toque exclusivo ao ambiente, pois são peças consideradas mais raras, que não são vendidas em grandes quantidades, além de marcantes, nos trazem a memória afetiva.  São móveis que geralmente têm forma arredondada e tons mais leves, como rosa antigo, branco ou dourado. Eu até sugiro mesclar alguma peça vintage com elementos modernos na decoração, cria mais personalidade e ajuda a trazer o objeto antigo para uma atmosfera mais contemporânea. Deixam o ambiente com clima mais romântico, cheio de charme, nostalgia e originalidade.

O estilo vintage costuma atrair um público de meia idade que possui uma paixão pelo antigo, pela vivência mesmo, pois, são pessoas que se sentem muito à vontade nesse estilo, pois já têm interesse por feiras vintages típicas que ocorrem nas grandes cidades, criando uma identificação.

Costumo dizer que na decoração menos é mais. Por isso combine seu gosto sem exageros e terá muito sucesso.

Já ouvir falar ou gosta da decoração clássica e do provençal? E do estilo moderno?

Fiquem ligados que vou contar tudo para vocês numa próxima edição.

Marcelo Guedes é Arquiteto e Urbanista formado pela Universidade Braz Cubas de Mogi das Cruzes.  Integra o projeto Caminhos da Arquitetura. Atualmente é Professor Universitário da Universidade Anhanguera,  Senac e FAAP. Trabalha com Projetos de Arquitetura e Projeto de Interiores, especializado em Luminotecnica e Planejamento e Gerenciamento de Projetos.

 

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