Será que a Renda Fixa é fixa mesmo?

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Por SHS Investimentos

O número de pessoas que ainda investem em Renda Fixa na forma antiga é muito grande: elas compram um título público e seguram até o vencimento. Só que essa estratégia simplesmente ignora um fator impossível de ser ignorado: que as coisas mudam. 

O Tesouro Nacional oferece três tipos de títulos para os investidores: o pré-fixado, o pós-fixado e o IPCA+, mas cada um se comporta de maneira totalmente diferente conforme o cenário econômico (e você precisa estar atento a isso). 

Os pós-fixados rendem conforme a taxa Selic sobe, se beneficiando de retornos maiores. Os pré-fixados se comportam ao contrário, então se as taxas de juros sobem, eles podem até gerar prejuízo para o investidor. Já o IPCA+ se beneficia da combinação taxa de juros baixa + inflação subindo. O rendimento está atrelado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que nada mais é que uma pesquisa da elevação média dos preços, ou seja, a inflação oficial do país. 

Então manter na carteira um título em desacordo com o cenário econômico é o pior investimento que você pode fazer na vida. Mas muitas pessoas fazem. 

O principal argumento na maioria dos casos é o de que, se o título for mantido até o vencimento, ele renderá exatamente a taxa contratada, não causando prejuízo algum. Mas vamos ver alguns exemplos: se você comprar um pré-fixado de 5 anos a uma taxa de 7%, ao final dos 5 anos, você terá um rendimento de 7% ao ano. Fato! Porém, neste período as coisas mudaram, a Selic subiu e está remunerando muito mais, só que você ficou lá, travado e com retorno bem inferior. Faz sentido? 

De acordo com a assessora Adriana Ricci, da SHS Investimentos, além de entender como cada produto funciona, é preciso reforçar a importância da diversificação! Até dá pra aproveitar as taxas pré-fixadas, porém é preciso cuidado porque caso a Selic suba, o investidor não pode estar completamente travado e deixar de ganhar mais. 

Além disso, em alguns casos, se precisar vender esses títulos antes do vencimento, o prejuízo pode ser grande. Isso sempre vai depender da oferta e da demanda, é possível vender títulos de longo prazo com taxas boas, sim, mas o contrário também, por isso é tão importante estar ciente dos riscos e não acreditar que está 100% seguro na melhor opção até o vencimento. Manutenção de carteira sempre! 

Vamos a outro exemplo, agora com ações. Imagine que você comprou ações da Petrobras a R$ 30, porém, ao longo dos anos seguintes você percebeu que o país estava entrando em uma crise violenta e a expectativa era de que as ações cairiam bastante para somente anos depois voltarem gradualmente para os R$ 30. O que você faria? 

1) Venderia as ações, esperaria os preços caírem e depois compraria novamente. 

2) Manteria as ações, afinal, uma hora a crise passa e elas voltam para o preço normal. 

Parece claro que a alternativa 1 é muito melhor, certo? Você vende as ações e recompra depois pegando toda a valorização novamente. Porque não faz sentido passar anos com prejuízo, só porque a ação subirá um dia, certo? Claro que vale reforçar que ninguém tem bola de cristal pra saber quando o patamar será retomado, este é apenas mais um exemplo de que as coisas mudam – pra melhor ou pra pior – e que nada é fixo. 

O fato é que na Renda Fixa, assim como nas ações, cenários econômicos beneficiam os preços de determinados títulos ou prejudicam. Compreender bem como cada um funciona, como ele se comporta e caminhar de acordo com isso é essencial pra qualquer investidor. 

Na iminência de um risco fiscal elevado, com aumento de gastos públicos destinados à saúde, e se o governo perder o controle, os investidores vão demandar taxas mais altas para financiar a dívida pública, por que carregar na carteira um título que perde quando as taxas sobem? 

Ou o contrário, sabemos que a economia está fraca e vai entrar em recuperação, e que a taxa baixa contribui com isso porque estimula o consumo e a criação de empregos, então porque manter um investimento pós na carteira? De novo, é preciso entender como se comporta cada produto, diversificar e estar sempre atento aos fatores que influenciam nas mudanças, a informação é a chave desse jogo. 

Travar a carteira e achar que está seguro – quando na verdade está investindo errado – é a pior coisa que você pode fazer na construção do seu portfólio. De nada adianta se matar de trabalhar, ganhar o dinheiro com tanto suor pra depois arriscar tudo em investimentos ruins. Conhecer o mínimo do ativo que você está comprando é tão importante quanto fazer um bom trabalho, #ficaadica! 

Outras informações:  

Bian Ribeiro  

Assessor de Investimentos SHS 

Whatsapp (12) 99176-9004 

bian@shsinvestimentos.com.br 

Facebook, instagram e LinkedIn: @shsinvestimentos  

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