Os jogos de tabuleiro saíram da mesa da cozinha e ganharam espaço na educação

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Por Alessandra Daldin

Você se lembra das partidas de Monopolio ou War? E de como podia ser ameaçador alguém dizer que tem que ir embora, antes da partida terminar? Depois de horas perdidas em partidas não terminadas, as últimas décadas trouxeram um renascimento dos jogos de tabuleiro.

As pessoas que jogavam nos anos 80 e 90, hoje são adultos, e envolvem seus filhos e netos em um hobbie que tem uma taxa de crescimento anual de 20%, e subindo.
O que atrai tantas pessoas, com perfis e idades diferentes?

Os jogos modernos são mais sociáveis, engajadores, com partidas mais curtas, fáceis de aprender, mas também extremamente inteligentes, inovadores e com alta probabilidade de serem jogados inúmeras vezes e ainda assim serem mais difíceis de dominar.

Em um mundo onde a tecnologia é presença indispensável, os jogos de tabuleiro se propõem a trazer de volta a interação com o outro e a sentar-se em volta da mesa para uma atividade em comum. Nesse ambiente seguro, os jogadores podem expressar sem julgamentos suas opiniões, pensamentos, ideias. Treinam o foco, a exercitar a empatia, aprendem a ganhar e a perder, e a trabalhar em equipe (caso dos jogos cooperativos). Erros são úteis e apontam o que precisamos aprender.

E por não fazerem feio frente aos jogos eletrônicos e outras atrações tecnológicas, pois estão estruturadas dentro de uma jornada altamente engajadora e difícil de resistir, os jogos de tabuleiro têm atingido em cheio a educação. As escolas têm descoberto os jogos como uma importante ferramenta para introduzir e ensinar habilidades de aprendizado socioemocional para crianças, adolescentes e jovens, pois acomodam diferentes estilos de aprendizagem e pensamento. Cada vez mais, professores e gestores têm buscado aprender como inserir os jogos em sua rotina de sala de aula, ou como uma atividade extra no contra-turno escolar. Os resultados têm demonstrado que com maior domínio de suas emoções, os alunos passam a apresentar melhor desempenho acadêmico, além de ampliar a autoestima e autoconfiança, com maior capacidade para cuidar de si e dos outros.

Assim, eu te convido a observar aquela caixa de jogos com esse novo olhar e a vivenciar essa experiência enriquecedora, com a perspectiva de que o tempo empregado em volta do tabuleiro é um tempo para gerar competências e habilidades que precisam ser colocadas em prática na vida pessoal e profissional. Nesse ambiente, cada partida finalizada é como se fossem pequenos depósitos que fazemos no cofrinho da inteligência emocional.

Alessandra Daldin realiza consultoria e ministra treinamentos sobre jogos de tabuleiro para educação e desenvolvimento humano. Co-autora do livro Inteligência Emocional na Prática. É bacharel e licenciada em Economia Doméstica, tem pós-graduação em EAD e MBA em Gestão de Pessoas. Mestre em Engenharia de Produção. É idealizadora do programa Mais que Jogos, onde une sua experiência de 15 anos como professora à sua formação de Teen Coach, Coach Vocacional e Coach Escolar.

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